quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

BORBOLETAS AZUIS

Atarde toda trovejara e o relâmpago brilhava no céu. Era o anuncio do que seria a noite....


Foi uma noite inteira de chuva, o carão cantava no baixo fazendo sinfonia com os pássaros de hábito noturno.


Ainda escuro ouvia-se vozes de homens, mulheres e meninos que iam para o lago pescar, era a piracema, tempo de fartura!


Tomei café junto com todos da casa,era o costume,todos comia juntos, era uma regra que papai adotara e isso nos tornava mais amigos dos nossos trabalhadores em volta de uma mesa enorme.Tio Miguel nosso vaqueiro sentava próximo de papai.


Saí como sempre fazia pela manhã, gostava de admirar a natureza, o vôo dos pássaros me encantavam em especial o beija-flor, parado no ar sugando o néctar das flores. Na baixinha era o encontro das borboletas, amarelas e coloridas, era um espetáculo inesquecível.


Espantei-me ao ouvir a voz de meu pai:Realmente filho é muito bonito!


Nessas pequenas e lindas borboletas vemos a grandeza e a delicadeza na crianção de Deus, ele pegou minha mão e disse vem comigo.Um pouco mais adiante atrás de uma moita de Canarana vi algo que até hoje guardo na lembrança, eram centenas e centenas de borboletas Azuis.


Eram de um azul tão bonito que, como dizia a maninha parecia o céu límpido do Lago Limpo. Esse era meu pai, Joaquim Pinto de Oliveira que se estivesse vivo teria completado cem anos em agosto de 2011.Era um ser humano extraordinário, esse era seu Pilino como todos os chamavam, homem que estava adiante de seu tempo, que gostava de ler, amava os filhos e a família que via em cada ser humano um irmão, um amigo e no colorido das borboletas um milagre da criação de Deus.

Juntos Somos Mais...
"Tempos de Esperança"
Por: RandolfOliveira
                                                                             



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